quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Resíduos radioativos ainda afetam a vida selvagem em Chernobyl

De acordo com um novo estudo, publicado na revista Scientific Reports, ratazanas que habitam áreas com um histórico alto de radiação são mais propensos a sofrer da doença do que aqueles que ocupam locais com níveis mais baixos.

Os pesquisadores alegam que a radiação provoca um desequilíbrio molecular no corpo que resulta no estresse oxidativo, o que poderia explicar o desenvolvimento da catarata nestes animais.



Ao avaliar o desgaste dos dentes das ratazanas, os autores calcularam a idade dos animais e puderam estabelecer por quanto tempo eles ficaram expostos à radiação.
Ratazanas fêmeas 

Curiosamente, isso serviu para correlacionar diretamente a frequência de cataratas em ratazanas fêmeas, mas não em machos. Embora os pesquisadores não consigam explicar por que isso acontece, eles sugerem que poderia ter algo a ver com a reprodução provocar um maior estresse oxidativo nas fêmeas.

Outro achado é que as ratazanas com catarata mais severa também procriaram menos. Uma das supostas razões para isso é que a cegueira poderia atrapalhar para encontrar um parceiro ou poderia ser algum efeito próprio da radiação.

A zona de exclusão de Chernobyl é uma área de 30 km, que foi evacuada após a explosão na usina nuclear na Ucrânia, e que hoje continua desabitada por seres humanos. É necessário uma autorização especial para entrar no local.


FONTE: History

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