sexta-feira, 12 de abril de 2019

Campanha de Marina Silva recebeu R$ 1,25 milhão da Odebrecht

A Campanha de Marina Silva ( Rede ) recebeu oficialmente R$ 1,25 milhão em 2014, o encontro da então candidata à Presidência com o herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, foi em um hotel perto do aeroporto de Guarulhos.






Em acordo de delação premiada, Alexandrino Alencar, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira, descreveu a reunião como “institucional”. Marina não é investigada na Operação Lava Jato.

“Houve uma conversa de Marcelo com ela, onde foram colocados posicionamentos, valores culturais, não monetários, e estratégias. A partir daí eu fui encarregado de procurar o senhor Álvaro de Souza e nós doamos essa quantia”, disse o delator. Ele declarou ainda que não houve nenhuma contrapartida para a doação. “O Marcelo não conhecia ela, nem eu. Foi muito mais uma conversa de apresentação.”

Alexandrino disse que, naquele ano, ficou responsável por atuar diretamente nas doações da empreiteira para as campanhas presidenciais de Marina e Dilma Rousseff (PT), que recebeu R$ 7 milhões declarados à Justiça Eleitoral. As conversas sobre a campanha petista ocorriam entre Alexandrino e o ex-ministro e então tesoureiro Edinho Silva. “Edinho nos procurou e solicitou as doações e nós doamos esse valor”, afirmou.




Questionado sobre a diferença expressiva entre as quantias doadas às candidatas, Alexandrino disse que a empreiteira “tinha um relacionamento mais antigo” com Dilma. “Pelo timing, pela história toda que aconteceu, porque o candidato, no caso da Marina Silva, até então era Eduardo Campos. E aí teve esse fato. Enquanto isso, as conversas da Dilma já vinham acontecendo. Tinha um relacionamento mais antigo”, disse.

os depoimentos e demais documentos coletados pela operação Lava-Jato, como planilhas, mensagens de celular e troca de e-mails estão em posse do Ministério Público Federal que considerou, no cruzamento dessas informações, que não havia elementos que justificassem o pedido de abertura de inquérito ou o encaminhamento às demais instâncias da Justiça”, diz a nota.



FONTE: Estadão

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