O terremoto de magnitude 7,3 que sacudiu o sudoeste do Japão na madrugada deste sábado (15) deixou pelo menos 25 mortos e mil feridos, em uma região onde um dia antes outro potente tremor matou nove pessoas. O último terremoto ocorreu à 1h25 (horário local, 13h25 da sexta-feira, 15, em Brasília) na cidade de Kumamoto, no litoral ocidental da ilha de Kyushu, e seu hipocentro foi localizado a cerca de 10 km de profundidade.
Na cidade de Aso o tremor atingiu o nível seis na escala japonesa (que tem no máximo sete), que se centra mais nas áreas afetadas que na intensidade do tremor. Treze pessoas morreram por enquanto como consequência do último terremoto e mais de 1.000 estão recebendo tratamento médico por causa de ferimentos, informou a rede de televisão japonesa "NHK".
O tremor causou em Aso o desmoronamento de mais de 50 casas onde ficaram presos alguns de seus moradores, disse o porta-voz do governo, Yoshihide Suga, após uma reunião de emergência. A agência "Kyodo" afirmou que 11 pessoas estão presas em vários lugares como consequência dos deslizamentos de terra.
Mais de 27 mil pessoas foram retiradas de suas casas e os cortes de energia elétrica e gás afetaram cerca de 180 mil lares em toda a cidade de Kumamoto, onde também foram cancelados os voos e viagens de trens bala.
Alerta de tsunami
A Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) descartou o alerta de tsunami por causa do terremoto, enquanto a empresa que opera a usina nuclear de Sendai, que fica a cerca de 120 km ao sul do epicentro e que é a única atualmente operacional no país, informou que ela continua funcionando sem problemas.
Desde o momento do terremoto até as 8h (20h da sexta em Brasília) aconteceram 25 réplicas, segundo a JMA, que alertou sobre a possibilidade de que aconteçam novos tremores, inclusive alguns de elevada intensidade.
Uma das réplicas atingiu magnitude 5,4, segundo a imprensa local.
Um primeiro terremoto ocorrido na quinta (14) causou, além dos nove mortos, 1.126 feridos em 13 municípios e 44.400 pessoas foram evacuadas, das quais 16 mil procedentes de 18 localidades ainda permanecem fora de suas casas, segundo os dados mais recentes divulgados pelas autoridades japonesas. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, cancelou a viagem que tinha previsto para a região castigada pelo terremoto para visitar alguns dos afetados.
FONTE: G1 Globo
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