O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou que está rompendo os acordos de paz assinados em 1993 e que interrompeu ataques de ambas as partes.
Para o líder palestino, Israel não tem cumprido sua parte no acordo, que envolveria o fim da construção de assentamentos na Cisjordânia e a participação no reconhecimento do Estado palestino.
“A manutenção do status quo é completamente inaceitável porque significa a rendição à lógica da força bruta utilizada pelo governo israelense. Nós não continuaremos a ser os únicos comprometidos com esses acordos, enquanto Israel continuamente os viola”, afirmou Abbas em seu discurso durante a 70.ª Assembleia-Geral da ONU.
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a decisão do político foi divulgada no mesmo dia em que a bandeira da Autoridade Palestina foi hasteada pela primeira vez na sede da ONU, em Nova York, após 119 países apoiarem a resolução que reconhecia a Palestina como membro observador das Nações Unidas, assim como acontece com o Vaticano. Ao todo, 45 países se abstiveram e oito votaram contra essa resolução, entre eles Israel, EUA e Austrália.
O líder palestino acusou Israel de fazer seu governo parecer “uma autoridade sem poderes reais”, e disse que isso é inaceitável: “Enquanto Israel se recusar a parar com os assentamentos e recusar soltar prisioneiros palestinos não há como haver acordo”, esbravejou. “Declaramos que não poderemos continuar tendo uma ligação com esses acordos e que Israel precisa assumir suas responsabilidades como força ocupante […] Peço à ONU proteção internacional aos palestinos de acordo com as leis humanitárias internacionais”, acrescentou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu de imediato às afirmações do palestino e o chamou de mentiroso e de mal intencionado, ao “incitar a instabilidade no Oriente Médio”.
Em sua fala, o israelense disse que Abbas deveria começar a agir com a responsabilidade que seu cargo exige: “O fato de, de tempos em tempos, Abbas agir desta forma é a prova de que ele não tem intenção de alcançar um acordo de paz”, acrescentou.
FONTE: Gospel Mais
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