O novo projeto de lei de "Poderes de Investigação" inclui uma cláusula que obriga as empresas de tecnologia a reduzir seus níveis de segurança quando as agências de espionagem precisarem. Isto inclui a eliminação da criptografia de ponta a ponta, a tecnologia que permite que serviços como WhatsApp, iMessage e FaceTime, permitam que as pessoas se comuniquem de forma segura.
A nova lei poderia obrigar ainda as empresas a instalar backdoors em sua segurança, o que mina a tecnologia utilizada por muito aplicativos de chat mais populares. Organizações benéficas, incluindo a Privacy International, criticaram o projeto de lei, argumentando que não deveriam ser feitas mudanças para garantir a segurança das pessoas.
"Seria uma vergonha considerar esta mudança estética", disse Gus Hosein, diretor executivo da Privacy Internacional. "O projeto de lei publicado hoje, continua cumprindo com a estrutura e a lógica subjacente que sustenta o projeto da lei anterior. Ele ataca o direito de privacidade e coloca em risco a segurança de toda nossa infraestrutura".
O projeto de lei também requer que as companhias de Internet guardem informação sobre tudo que os usuários fizeram durante um ano inteiro, para que o governo possa acessar tal informação em casos suspeitos de investigação criminal.
A proibição da criptografia somente é exigida das empresas para eliminar os elementos de segurança quando é "viável". As empresas de tecnologia se queixaram repetidas vezes de que não está claro o que significa esta restrição.
Se for utilizado os poderes tal e como está escrito, isto poderia lavar à proibição de muitos dos serviços de Internet mais populares do mundo, ou obriga-los a serem desenvolvidos do zero, como pode acontecer com o iOS da Apple, o qual alimenta o iPhone e o iPad.
Mas estas mesmas restrições podem levar o projeto de lei a entrar em conflito com outras leis de outros países. O projeto de poderes não deixa claro como o governo britânico deveria tratar os casos de conflito extraterritorial, o que significa que o novo projeto de lei poderia obrigar as empresas a romper a lei em outros países para satisfazer as autoridades do Reino Unido. O governo britânico espera que se possa aprovar a lei antes do final do ano de 2016.
FONTE: Anti Nova Ordem Mundial
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