Pela primeira vez, um membro do poder judiciário do governo dos Estados Unidos admitiu, de forma oficial, a existência do PRISM, programa de vigilância usado pela Agência Nacional de Segurança (NSA) e que conta com a colaboração de empresas de tecnologia, entre elas Google, Facebook, Apple, Microsoft, entre outras.
O juiz federal dos Estados Unidos John Gleeson foi o responsável pelo fato, já que se referiu ao esquema de vigilância global pelo próprio nome do programa.
O fato foi registrado no documento do caso penal envolvendo Agron Hasbajrami contra os Estados Unidos. O albanês é acusado de fazer parte e fornecer dinheiro para um grupo jihadista no Paquistão. Para ser preso, Hasbajrami precisou ter seus dados e registros de conversas coletados pelo programa de vigilância da NSA.
Anteriormente, a primeira menção da existência do programa havia sido revelada pelo ex-analista de sistemas do órgão, Edward Snowden. Em 2013, Snowden cedeu diversos documentos confidenciais para os jornalistas Glenn Greenwald e Laura Poitras.
Após as revelações, o nome do programa ocupou manchetes nos principais jornais do mundo. Porém, quando questionado, o governo norte-americano não mencionava o nome da prática em entrevistas e declarações. Além disso, a Casa Branca também o classificava como um instrumento da seção 702 do Foreign Intelligence Surveillance Act (FISA). Assim, a sigla “PRISM” nunca havia sido citada.
De lá para cá, as empresas listadas nos arquivos obtidos pelo analista de sistemas também não utilizam o nome do programa para comentar sobre o assunto. Além disso, na época das denúncias, todas disseram que não tinham conhecimento do envio dados de usuários de seus serviços para o governo.
FONTE: Olhar Digital
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