Desde a morte do então candidato à presidência, Eduardo Campos, cogita-se que há no Brasil uma máfia muito bem organizada apagando com assassinatos as pessoas que atravessam o seu caminho. Uma sucessão de ocorrências mal contadas levantam suspeitas cada vez mais sólidas de que estamos vivendo um tempo de queima de arquivos vivos e, o que agora transita pela esfera da ‘teoria da conspiração’, pode muito bem vir a se tornar fato concreto, bastando para isso a investigação perfeita. Mas, deixemos isto a quem lhe cabe. Por hora, só podemos cogitar e unir pontos na busca pela verdade.
Hoje caiu um avião monomotor logo após decolar do Campo de Marte, em São Paulo, matando o ex-presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli, 56 anos, além de sua esposa, filhos, genro e nora. Algumas fontes falam que eles seguiam para Belo Horizonte, outras, que iam ao Rio de Janeiro. O mais relevante, aqui, é quem era Agnelli: ex-presidente de uma empresa que tem participação de 50% na mineradora Samarco, a responsável pelo maior desastre ambiental de todos os tempos.
Técnicos são unânimes em afirmar que as aeronaves são vistoriadas minunciosamente antes da liberação para voo, então, por que caem logo após decolagem ? – A mesma ‘pane’ pós-decolagem sofreu o avião que levava Eduardo Campos, o que causou estranheza a muitos peritos por se tratar de um veículo novo e inspecionado. Completando o quadro, veio à tona a notícia (divulgada pelo Cenipa – Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que a caixa-preta do avião de Campos não registrou nenhum dado do fatídico voo. Já a FAB (Força Aérea Brasileira), responsável pela investigação do acidente, divulgou nota em 15 de agosto de 2014 atestando que a gravação da caixa-preta do avião com prefixo PR-AFA não era do voo que levava Eduardo Campos.
Onde foi parar a caixa-preta ?
Em novembro de 2015, um avião pertencente ao Bradesco, com quatro pessoas a bordo, caiu em área rural do município de Guarda-Mor, Minas Gerais, matando o presidente da Bradesco Seguros, Marco Antônio Rossi, e o presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lucio Flávio Conduru de Oliveira. Além deles, o piloto e co-piloto Ivan Morenilla Vallim e Francisco Henrique Tofoli Pinto também morreram no acidente. Os banqueiros voltavam de uma viagem a Brasília onde, segundo matéria postada no site ‘noticiasaominuto’ de 11/11/2015, poucas horas antes estiveram no Ministério da Fazenda, em Brasília, e encontraram-se com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
Ainda segundo a matéria, “Rossi estava na capital do país para tratar de dois assuntos: a oferta de ações do IRB Resseguros e de seguros para barragens, devido ao recente acidente em Mariana (MG).”
Agnelli, assim como os executivos mortos neste acidente em Minas Gerais, já havia trabalhado no Bradesco (de 1981 a 2001). Ele também foi membro conselheiro de administração de importantes empresas estatais como a Petrobras e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Agnelli, segundo matéria publicada pelo portal G1 em 03/02/2015, foi cogitado como um dos nomes fortes a ocupar a presidência da Petrobrás:
“Os nomes mais fortes que rondam as mesas de grandes bancos e fundos de investimentos no Brasil são: Roger Agnelli, que esteve no comando da Vale por mais de 10 anos; e Rodolfo Landim, ex-parceiro de Eike Batista e atual desafeto do empresário, com passagens pela Eletrobrás e BR Distribuidora.
Roger Agnelli é amigo e muito ligado ao ex-presidente Lula. Quem não gosta dele é Dilma Rousseff. Agnelli foi demitido categoricamente pela presidente no início do 2011 e seria um nome difícil dela engolir. Ora, mas se ela “engoliu” Joaquim Levy e suas “maldades” na Fazenda, por que não aceitar Roger Agnelli na cadeira da Petrobras para estancar a sangria na estatal?” – questiona a matéria.
Então, temos repetidas vezes nestes casos os nomes do Bradesco, Samarco, Petrobrás e tudo incensado por política. Gente com acesso e influência sobre empresas e governo morrendo em série só tem uma explicação: ou estão sendo aniquilados para não abrirem a boca ou os deuses devem estar furiosos. Deixemos a quem direito a investigação (ou não) da suspeita levantada.
FONTE: Jornal a Página
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