terça-feira, 23 de agosto de 2016

Pokémon Go é máquina de coleta de dados

Em poucos dias, o Pokémon Go, jogo de realidade aumentada, ultrapassou Twitter, Facebook e Netflix em usuários ativos diários em dispositivos Android. Nos dispositivos da Apple, há mais downloads do jogo do que qualquer outro aplicativo na semana de estreia na App Store.  O que muitos desses milhões de usuários não fizeram foi ler a íntegra do contrato de adesão – aquelas telas que pedem e-mail ou conta do Google e que você tem que clicar no “aceitar” para começar a jogar. 



E enquanto milhares de usuários andam pelo país colecionando Pikachus e Jigglypuffs, a Niantic Inc., empresa que desenvolveu o jogo, está colecionando informações sobre os colecionadores. De acordo com a política de privacidade do Pokémon Go, a Niantic pode colecionar – entre outras coisas – seu endereço de e-mail usado para fazer o login, informações como o nome de usuário e mensagens enviadas para outros usuários, informações sobre país e língua, endereço de IP, tipo de navegador usado, sistema operacional e o último site visitado antes de acessar os serviços do Pokémon Go, assim como as informações de localização. 

Além disso, consta que os dados recolhidos podem ser usados como recursos de negócios, e se a empresa foi comprada ou falir, essas informações pessoais serão transferidas para o novo dono das operações.  E se você utiliza a sua conta Google para se logar e usa um dispositivo iOS, a menos que você especificamente revogue isso, a Niantic tem acesso à toda a sua conta no Google. Isso significa que a Niantic pode ter acesso ao seu e-mail (leitura e escrita), documentos de Google Drive entre outras informações. 

Esse acesso irrestrito às informações da conta Google deixou algumas instituições de direito à privacidade, principalmente na Europa, de cabelo em pé. Para se redimir, a Niantic publicou, recentemente o seguinte comunicado:  “Descobrimos recentemente que o processo de criação de conta do Pokémon Go no iOS solicita, por engano, acesso total à conta de usuários do Google. (…) O Google verificou que nenhuma outra informação foi recebida ou acessada pelo Pokémon Go ou pela Niantic”.


FONTE: History

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