— Como a órbita da Lua não é um círculo perfeito, em alguns momentos ela se aproxima mais da Terra — explica Noah Petro, cientista do projeto Lunar Reconnaissance Orbiter, da Nasa. — Quando a Lua está mais afastada, nós chamamos de apoastro, e quando está mais perto, de periastro. No dia 27, nós vamos ter uma lua cheia em periastro.
No periastro, a Lua está 50 mil quilômetros mais próxima da Terra que no apoastro, distância maior que uma volta em torno do planeta. Por causa da proximidade, a Lua parece ser 14% maior e 30% mais brilhante nos céus, em relação à lua cheia de apoastro, por isso recebe o apelido de superlua.
— Não existe uma diferença física na Lua — diz Petro. — Ela só parece maior no céu. Não é nada dramático, mas ela parece maior.
Com o eclipse, coloca um ingrediente especial. Por mais de uma hora, a sombra da Terra vai “engolir” a superlua, à medida que o planeta se deslocar entre o satélite e o Sol. E os dois fenômenos acontecendo simultaneamente é algo bastante raro, que acontece em intervalos de décadas. O último aconteceu em 1982, e o próximo não irá acontecer até 2033.
— É apenas a dinâmica planetária. A órbita da Lua em torno da Terra é inclinada em relação ao eixo da Terra e o plano orbital de todas essas coisas se encontram algumas vezes — explica Petro. — É raro porque é algo que, talvez, uma geração inteira não viu.
O eclipse lunar total vai durar uma hora e 12 minutos. De acordo com a Nasa, a sombra da Terra começará a cobrir a superlua às 21h11min e o eclipse total começará às 23h11min.
FONTE: O GLOBO
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