sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Cientistas descobrem o maior sistema solar já visto no universo

Um grupo internacional de cientistas descobriu o maior sistema solar já visto no universo, formado apenas por um planeta e uma estrela. O estudo, publicado recentemente no periódico Monthly Notices of The Royal Astronomical Society, identificou que o planeta, conhecido como 2MASS J2126-8140, está separado por um trilhão de quilômetros de distância de sua estrela mãe.

De acordo com a equipe, liderada pelo astrônomo Simon Murphy, da Faculdade de Astronomia e Astrofísica, na Universidade Nacional da Austrália, os dois corpos estão separados por uma distância equivalente a 6,9 mil unidades astronômicas, ou seja, 0,1 ano luz ou um trilhão de quilômetros. "Surpreendeu-nos muito encontrar um planeta de massa baixa tão longe da sua estrela mãe", comentou o pesquisador.



O grupo descobriu uma ligação secreta entre os dois corpos após realizar ampla pesquisa sobre o planeta. O que os pesquisadores perceberam, no entanto, é que 2MASS J2126-8140 e uma estrela estavam localizados a 100 anos-luz da Terra. Ao completarem os estudos, os astrônomos notaram que os dois realmente se moviam juntos no espaço.

O planeta tem aproximadamente 12 a 15 vezes o tamanho de Júpiter e não deu dicas aos pesquisadores de como se formou. "Não tem como este sistema ter se formado como o nosso sistema solar, feito de um grande disco de poeira e gás", disse Murphy em um comunicado à imprensa. O estudo especula, no entanto, que o sistema, formado nos últimos 10 a 45 milhões de anos, possa ter surgido a partir de um filamento de gás que possivelmente "empurrou" os dois corpos para a mesma direção.



A órbita do planeta ao redor da estrela anã, chamada TYC 9486-927-1, demora cerca de 1 milhão de anos "terráqueos" para se completar. Esta distância é "aproximadamente três vezes superior" à do que era considerado, até agora, o maior sistema solar existente.

Segundo a pesquisa, a grande distância entre o planeta e a estrela e a baixa massa apresentada por eles, pode trazer um importante caso de estudo para os astrônomos sobre formações binárias distantes e o modo como evoluem.


FONTE: Veja Abril

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