quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Escândalo: empresas chinesas são acusadas de vender “arroz de plástico”, potencialmente mortal, para clientes

Um grande escândalo de segurança alimentar envolvendo arroz falsificado abalou, recentemente, a China. Alega-se que os grãos de arroz foram preparados, misturando batata com uma resina sintética industrial. Haviam rumores de que o arroz “barato e rentável” era exportado para outros países asiáticos, incluindo Cingapura, Indonésia, Vietnã e Índia.



Os grãos, supostamente falsos, não podem ser distinguidos de arroz natural quando estão crus. A única maneira de identificar o “arroz de plástico” é após o cozimento. Ele permanece duro e é difícil de digerir. Uma publicação explicou que a sopa cozida com arroz de plástico irá formar uma película sobre o topo, que vai queimar como plástico, quando aquecida.

Especialistas em saúde estão alertando as pessoas que estes grãos, se consumidos, poderiam causar estragos no sistema digestivo. De acordo com um funcionário do Chinese Restaurant Association, comer três tigelas deste arroz falsificado seria igual a consumir um saco plástico de supermercado.

Notícias do arroz plastificado tem circulado nas redes sociais e no WhatsApp. Estes relatórios sugerem que o arroz foi inicialmente vendido em mercados chineses, principalmente em Taiyuan, na província de Shaanxi. Agora, as pessoas temem que ele tenha sido distribuído para outros países da Ásia. O arroz é declaradamente vendido apenas em lojas pequenas, não em grandes supermercados – devido ao controle mais rigoroso que as grandes empresas possuem.

Hasan Malek, Ministro do Comércio Interno e Consumo da Malásia, disse que as pessoas não devem entrar em pânico sobre a notícia até que ela seja confirmada oficialmente. "A notícia pode ser verdadeira ou falsa; nós não sabemos. Também não sei se o arroz falso entrou no país, mas não podemos ignorar o fato, portanto, elevaremos as investigações a nível nacional", declarou.



Hasan disse que uma equipe de investigação se concentrará em testar amostras de arroz em pequenas lojas. "Vamos realizar nossas investigações, mas gostaria de pedir aos consumidores que apresentem um relatório ao ministério, caso se deparem com esse arroz. Todos os relatórios feitos serão tratadas de forma confidencial”, disse, acrescentando que o arroz plástico seria difícil de ser detectado caso tenha se misturado com o arroz normal.

A Cingapura Agri-Food and Veterinary Authority (AVA) também reagiu à notícia. "Como parte da vigilância de rotina da AVA, o arroz importado é regularmente inspecionado e amostrado para assegurar a conformidade com os nossos padrões e requisitos de segurança alimentar. Nós ainda não recebemos qualquer feedback sobre o arroz falsificado", disse um porta-voz.

O escândalo do arroz falsificado é apenas uma das muitas questões de segurança alimentar que as autoridades chinesas tiveram de lidar. Em 2010, uma empresa de Shaanxi foi envolvida na adição de aromatizantes ao arroz comum, sendo vendido mais caro. Em 2008, a fórmula de leite infantil foi misturada com um composto plástico alcalino chamado melamina. Seis crianças morreram enquanto outras 300.000 sofreram de problemas renais graves.


FONTE: Jornal Ciência

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