Os oleodutos e poços de petróleo venezuelano em condições precárias está vazando e contaminando o Lago de Macaibo, na Venezuela, contaminando peixes, caranguejos e prejudicando os pescadores.
A contaminação é visível por todos os lados. Manchas de petróleo abrem caminho na água verde e as margens ficam salpicadas de poças pretas e pastosas. Do alto de uma palmeira, uma ave se agita para tentar se desfazer do petróleo que cobre suas asas. Em vão. A estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) não tem os meios para manter milhares de quilômetros de cabos e tubulações submarinas, uma deterioração que gera mais danos ambientais. Em outras palavras, "produz-se menos, mas há mais contaminação", diz o especialista.
A PDVSA não publicou cifras do volume de petróleo que vaza diariamente no Lago de Maracaibo. A AFP pediu a informação à companhia, mas não obteve resposta. Yurasi Briceño, bióloga do Instituto Venezuelano de Pesquisas Científicas, estatal, concentrou seu trabalho na fauna da parte setentrional do lago. Onde ela trabalha, "há pelo menos oito plataformas e três delas estão liberando petróleo desde outubro do ano passado", diz.
"Temos visto os peixes irem para a margem, todos manchados de petróleo, e têm toda a pele machucada pelo petróleo. Nós, como últimos consumidores da cadeia alimentar, que comemos caranguejos e camarões, também nos contaminamos" com os elementos tóxicos que os animais ingeriram, afirma a cientista.
FONTE: G1 Globo
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