quinta-feira, 16 de maio de 2019

Peru e Chile gastam menos na Educação e estão melhores que o Brasil

O Brasil é um dos países que mais investe em Educação. Segundo o relatório Aspectos Fiscais da Educação no Brasil, mas o país continua entre os últimos no ranking mundial da Educação.

Segundo divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional, ligada ao Ministério da Fazenda, o país investe em educação pública cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB), valor tido como superior à média de 5,5% destinada à área por parte de países integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 





A Pesquisa de dados do Pisa (Programme for International Student Assessment) aponta que, por meio de questionários de gestores de escolas, verifica-se que o tempo de trabalho em sala de aula é menor do que em outros países. É baixa a difusão da escola de tempo integral. Além disso, a carga horária estipulada não é integralmente cumprida. Verificam-se falta de professores e falta de atividades que preencham totalmente o tempo de aula por muitos motivos.

Quando se avalia a relação entre a despesa com os alunos e o retorno, nota-se que o resultado não é satisfatório. Colômbia, México, Peru e Chile têm gastos muito próximos aos do Brasil, com desempenho superior ao nosso. Uma das razões é que o Brasil gasta mais com ensino superior, praticamente a metade dos investimentos, enquanto a educação fundamental recebe investimento muito menor.

De acordo com o Pisa, o aprendizado no Brasil está abaixo do que se poderia esperar para o seu nível de despesa. O México tem programa bem-sucedido de monitoramento de alunos ausentes com baixas notas. Já o Chile destaca-se pela política de vouchers, o que acaba despertando uma saudável competição pela qualidade entre escolas – o aluno escolhe a escola que vai frequentar.



Quando tratamos a questão do ensino específico da matemática, estudando a relação do desempenho na disciplina versus o gasto por aluno, vemos que a Colômbia (2.835 dólares), o México (3.065 dólares) e o Peru (3.590 dólares) gastam menos que o Brasil (3.822 dólares), conforme mostra o estudo da OCDE Education at a Glance de 2016. Apesar de que todos estão abaixo da média de desempenho esperado para seus gastos, o índice de proficiência na disciplina é de 389,6 para a Colômbia; 408,0 para o México; 420,5 para o Peru, enquanto o índice para o Brasil fica em 377,1.


FONTE: Gazeta do Povo







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