Esses governos regionais demandam por uma ajuda extra da União por meio da compensação das perdas do Fundo de Proteção aos Estados (FPE). Eles argumentam que o projeto de lei que renegocia as dívidas dos estados com a União e alonga os pagamentos por 20 anos, que já está no Congresso Nacional, não os auxilia, uma vez que essas regiões têm dívidas baixas. O secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte, André Horta, explica que os estados já estão com sérias dificuldades financeiras a vários meses e só não decretaram calamidade ainda porque esperavam um auxílio pela União.
— Os estados já estão em calamidade. Só seguraram o decreto para não complicar ainda mais a situação do governo. Viemos apresentar essa situação para que o governo decida o que vai fazer sobre isso — disse. O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), disse que a medida é uma forma de pressionar o governo federal:
— Seria péssimo para o país, mas nós precisamos de uma resposta — declarou.
Pelo cálculo dos estados, as perdas com o FPE somam R$ 14 bilhões. Os governadores pedem R$ 7 bilhões. Esse fundo reúne parte dos recursos arrecadados com alguns tributos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que são repassados aos estados. Com as desonerações concedidas nos últimos anos pela União, contudo, esses repasses foram diretamente afetados.
Meirelles lembrou aos governadores que a União vive uma situação fiscal complicada. Ele ponderou que os estados terão uma parte a receber com a arrecadação da repatriação de recursos no exterior, mas preferiu não se comprometer com uma expectativa de valores.
OUTROS ESTADOS
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), também compareceu à reunião. O Rio decreto estado de calamidade em junho por receio de colapso nas áreas da saúde, segurança, educação e mobilidade urbana e acabou recebendo um socorro de R$ 2,9 bilhões para viabilizar a realização dos Jogos Olímpicos. Segundo participantes do encontro, Pezão participou da reunião em solidariedade aos demais estados.
A ideia dos governadores era se reunir com o presidente da República, Michel Temer. O chefe de Estado, no entanto, não pode recebe-los e delegou a tarefa a Meirelles. Eles também se encontraram com a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Governadores da região Centro-Oeste também compareceram à reunião. Eles pedem ao governo o pagamento dos valores do fundo de apoio à exportação (FEX), pago para compensar as perdas com a desoneração de exportações. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, afirmou que a situação dos estados é muito grave e que, sem ajuda, vários dos serviços podem colapsar. Embora o DF não esteja entre os que ameaçam estado de calamidade, Rollemberg afirma precisar de pelo menos R$ 1 bilhão para fechar as contas este ano.
— Se a gente não conseguir recursos, vamos ter que suspender serviços. Queremos recursos de onde o governo achar que der, precisamos de ajuda. O ministro disse que não pode prometer nada, pediu para que esperássemos uma reação da economia. A situação é tão difícil que eu tenho medo de que alguns estados não aguentem esperar.
FONTE: O Globo
isso é uma grande vergonha chegarmos a esse ponto roubaram tanto , que quem paga agora é o povo esses bandidos disfarçados deveriam tambem naõ receber nada porque que só o povo paga essa responssabilidade que naõ é nossa??
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