Finian Cunningham, um jornalista britânico especializado em assuntos internacionais, disse em uma entrevista à Sputnik que as intenções dos EUA não se destinam a combater o EI, mas sim prejudicar as operações aéreas da Rússia contra o grupo jihadista.
"Seria uma violação total da lei internacional se os EUA enviassem as suas tropas para a Síria não importa qual seja o número delas", disse Cunningham.
Falando sobre o verdadeiro objetivo desta missão, ele disse:
"Eu sou muito cético quanto a esta missão, porque a campanha aérea de um ano que os EUA realizaram foi alegadamente para derrotar o EI. Ela foi completamente ineficaz. Agora eu também não creio no envio de tropas para lá para lutar contra o EI, isso não vai dar certo".
Ele acrescentou dizendo: "Eles estão enviando 50 soldados, o que não vai ser decisivo de maneira nenhuma. Não vai dar um golpe estratégico contra o EI. Então eu acho que é uma tentativa das forças norte-americanas de impedir a Rússia de realizar a sua campanha aérea. Os EUA não estão cooperando com essas tropas e eu acho que o verdadeiro objetivo é introduzir um fator de risco no terreno para os militares russos porque os russos não gostariam de atacar acidentalmente as forças dos EUA".
Ele disse que não é Ocidente que deve determinar o destino de Assad.
"Quem são essas pessoas que estão afirmando que Assad tem que ir embora? É uma interferência ilícita em um país estrangeiro.
Cunningham ressaltou que os EUA, França, Grã-Bretanha e seus aliados regionais como a Arábia Saudita não respeitam a Convenção de Genebra, que foi estabelecida anos atrás.
O Ocidente está arranjando problemas para a Rússia, equipando a oposição que amanhã pode se tornar jihadista.
FONTE: Sputnik News
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